quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Aquele menino da Vivo...

Outro dia vi um comercial da Vivo.

O garoto propaganda fazia um vídeo-selfie (existe esse termo?!?! Eu já tenho pavor da palavra selfie mesmo, então nem teria como piorar, mas enfim...) em que está fazendo exercícios em uma barra de ferro (o vulgo fazer barra) e não aguenta, então seus amigos o seguram e empurram para cima enquanto um outro focaliza o vídeo apenas nele fingindo que faz o exercício.

Fingindo. Essa é a palavra chave. O parecer ser sem ser. Isso não é fingir? Mas é claro que é.

E por que as pessoas fazem isso? Porque tem vergonha do que são. Então querem mostrar o que não são. Para que pensem outras coisas sobre eles que são diferente do que são e tem vergonha. Porque se não tivessem vergonha, se apresentariam como são.

Como diz o Dalai Lama, estamos em uma época em que o que tem na janela é mais importante do que tem dentro do quarto.

Outro exemplo é a quantidade absurda de homens e mulheres que estão se enchendo de anabolizantes indiscriminadamente em busca de um corpo dito perfeito pela sociedade atual. Eu em geral nem sou absolutamente contra anabolizantes, desde que necessários. Como todas as coisas. Mas essa pressa, que hoje está presente em todas as situações, essa pseudo-sintetização de tudo tem causado essa superficialidade de entendimento geral.

Eu treino. Há bastante tempo. E antigamente o número de usuários de anabolizantes era muito baixo. Quase sofriam discriminação. Hoje, todos os caras querem ser os sarados e as garotas as panicats...tiram fotos com jeito de modelos, cara de modelos, e postam nas redes sociais, buscando uma fama no micro ambiente que frequentam...

É o BBB da vida real.

Pois eu digo. Dê dois passos para dentro da vida dessas pessoas e vc verá que não são nada disso. Porque ninguém faz carinha de modelo o tempo todos, ninguém suporta a pose o tempo todo, ninguém é pin-up o tempo todo e fica fazendo biquinho ou olhar pseudo-sensual. É triste, mas é entrar e se decepcionar.

Bom, é só por hj...